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Mostrando postagens de junho 3, 2014

MARCA PESSOAL

Um poeta persegue sua marca pessoal como um cão. Vai assim buscando o próprio rabo. Eu nasci curto. Corro mais difícil. Por vezes, revolvo sobre mim. Por vezes, sou asséptico. Por vezes, sou cético, ético, moral. Mas sempre acredito, ao final, Que alcançarei o mistério.... Do que mesmo?

PEDAÇOS DO CORPO DE BRAM STOKER

Quanto aos tremores, são decorrentes da violência do campo de leitura, embora haja quem julgue que o amor de sangue entre os olhos e o papel venha do começo da vinha úmida da paixão, dentro do campo de Adão e Lilith. Um assalto seguido de morte perto do Lorena, um homem bate com o violão no ouvido direito de um sátiro. Em dois minutos o sol está pra lançar seu abraço mais caloroso, um garoto de moto amassa a paz de um poste, diluindo seu velho amarelo de luz amarfanhada no vermelho do Éden, enquanto uma van falsa da EletroPau rouba um prédio inteiro. Um pastor marca um encontro com uma criança num shopping, mostrando as asas em carne do desejo que sempre voa num céu reto que se curva por entre moscas e incisivos de um contemporâneo Vlad Stoker que a primeira leitura plantou entre vivos pedaços do corpo de Deus.

BEIJAR FODER AMOR

Sem dor, como afiar  setenta vezes sete lâminas de afeto? Como confessar  no Templo do Logos/Vida? Sem dor, como sorrir,  cantar, ser feliz? Sem dor,  como navegar no ar  com os mitos? Como remar o verbo  no barco azul  do sol e da lua? Sem dor, como comer,  beijar, foder Amor?