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Mostrando postagens de maio 5, 2015

Ir ao Subterrâneo

Ir ao subterrâneo e encontrar cores que rejeitei, aquela máquina enferrujada de fazer churros, aquela namorada que criei sem querer, usando a solidão como sua matéria-prima Lá deixei céus enrolados nos olhos de Maria, podem ficar lá com os gramofones envoltos em desbotados azuis Lá infernos rezam fogaréus imensos pelas bombas que estouram aqui, dentro da gente Preciso encontrar as cores e desmanchá-las em ti, onde as bombas começam

Deixem-me Flutuar

Deixem-me flutuar nas ondas que não desenhei, no quadro onde o mar reina com sua anatomia verde-azul Que meus sonhos não se percam de todo, que haja reinos pra conquistar na carne do futuro Deixem-me na espera com águas vivas sob as axilas, o céu a se juntar ao mar nos becos ignorados de Babilônia Que eu flutue até a brecha do som primeiro no início do nada