Tem uma parcela de mim que é pequena e vive de espelho pendurado no poema ...nem sempre. E essa parcela mínima quer o bem estar geral ...nem sempre. Tem esse caquinho de mim que tem fome não só fome mas sede não só sede mas vontade de criar fogos de papel e tinta ...nem sempre. Tem esse fragmentinho desejo de ser rochedo de erosão gradual indo aos poucos até o final ...nem sempre. Uma parcela de mim gosta de café com leite e bolim confeitado ...nem sempre. Uma parte admira pessoas que alcançam sucesso filmes que terminam bem e amigos que cospem ...nem sempre. Tem essa região minúscula coragem pra qualquer disputa embora lhe faltem músculos e não lhe faltem desculpas ...nem sempre. Tem esse caco de mim esperança de escrever in abstratu a palavra ipê, jacatirão, de tal modo que todos entendam in concretu ...nem sempre. Nem sempre me faço inteiro juntando sons sem dinheiro ...meu estoque de..........acabou. ...
BLOG PAIXÃO PASÁRGADA, ONDE UM DISCÍPULO DE HOMERO E TÉSPIS OFICIA