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Mostrando postagens de abril 15, 2014

TEM NEM SEMPRE COMO O DIABO

Tem uma parcela de mim  que é pequena e vive de espelho  pendurado no poema ...nem sempre. E essa parcela  mínima quer o bem estar  geral ...nem sempre. Tem esse caquinho de mim que tem fome não só fome mas sede não só sede mas vontade de criar fogos de papel e tinta ...nem sempre. Tem esse fragmentinho desejo de ser rochedo de erosão gradual indo aos poucos até o final ...nem sempre. Uma parcela de mim gosta de café com leite e bolim  confeitado ...nem sempre. Uma parte admira pessoas que alcançam sucesso filmes que terminam bem e amigos que cospem ...nem sempre. Tem essa região minúscula coragem pra qualquer disputa embora lhe faltem músculos e não lhe faltem desculpas ...nem sempre. Tem esse caco de mim esperança de escrever  in abstratu   a palavra ipê, jacatirão, de tal modo  que todos entendam  in concretu ...nem sempre. Nem sempre  me faço inteiro juntando sons  sem dinheiro ...meu estoque de..........acabou.

BEIJOS PRA 06 DE JUNHO DE 1992

Um beijo, mulher, e eu saio pela avenida 9 como um campeão do espaço profundo. Dois beijos e eu posso refazer o Rio Cubatão a que nomeies todos os peixes. Três beijos e eu posso pular num pé só por tantas horas quanto queiras o Rio Mogi. Quatro beijos e eu posso trazer-te a música que da terra ao céu cantavam os pés dos 5 Manoéis. Cinco beijos e eu posso subir a Ponte do Arco-Ìris ou até mesmo as Cotas junte ao Cotia-Pará pra teu deleite. Seis beijos e eu viro Peri mostrando prazeres pra ti redondo mas insano e quente sustentando-te o sentimento. Sete e eu sonho aqui. Setenta vezes sete beijos e de final viro começo mesmo em Juízo condenado a perder o logos,  log(r)ado.