Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de outubro 26, 2014

SONETO BANDIDO

Não demores demais, venhas desnuda, Que a veste é uma coisa que atrapalha. Também não fales nada, venhas muda, Que o tempo esgota e esta memória falha. A minha língua lamba bem a tua Nos buracos das bocas encantadas, Depois, que eu desça sobre as tuas luas A minha língua bem caramelada. E assim eu volte a espremer tua face, Numa trilha sonora de gemidos, Minh'alma na tu'alma a misturar-se. E, deitados na grama, em vão nos cacem, Em vão, pois nosso amor é bem bandido, Fugindo, para assim mais sequestrar-se.