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Mostrando postagens de julho 1, 2015

NOSSOS ASSASSINOS (MEUS E SEUS)

Estão por aí Os meus e seus assassinos Juram fazer o Bem em nome do Livro Dizem que a Bondade não deve ser direta Os meus e seus assassinos Matam todos os dias Com palavras que deliberam O emprego a aposentadoria Dizem: todos hoje vivem demais Ganham demais O que querem Muito falam/matam os meus e seus assassinos Todos bons pais e bons amigos e bons filhos E distribuem sopas com moscas aos domingos Depois de irem ao templo Acordam como todo mundo Mijam escovam os dentes E não tremem Diante da maldade que vão fazer Diante dos mortos que deixarão pelo caminho Perto da minha casa Um deles quebra um celular de raiva Na cara de uma árvore dançarina O vento lhe empurra Uma carruagem de fogo o atropela Com pensamento cheio de chumbinhos Todas as espécies de animais lhe interessam Se ocultam no meio do sangue Vomitam desumanidades em nossos pés Quando atiram famílias nos poços Palitam os dentes com sua inconsciência