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Mostrando postagens de outubro 24, 2013

VAMPIROPOEMA

Ontem, quando, estático, Pulei sobre ti, rias De mi'a chama tácita. Quando te amarrei E alisei-te a pele Não era o amor, ainda, Embora entre ele e o desejo, Entre esses dois gêmeos, Muita vez enlouqueço De não saber o imo. Em turvo canto, As unhas deslizei Em tua aorta, Cavando o suficiente Para a plantação da horta Do meu semear canino. De ereta vontade e hálito fino, Risquei em ti ranhuras Com meu pau em chamas Espumando tua derme .

ANJO ATROPELADO POR AVIÃO

O verso-ator as folhas Subindo ao palco-árvore. Dorido orvalho, as portas Do teatro. Bem o musgo musica Atores sob os spots. Que o abscesso rasgue o público Com carnamor de piano vegetal. Que possa haver sentido No depois, se for de peste. Antonin Artaud cutuca o dedão Que exala feito anjo de avião.

AO MEU REDOR

Ao meu redor, as coisas que elevam não me dão ouvidos. Quem mandou eu só saber falar por carcomido verbo de raiz precária.

PALAVRA EXIBIDA

A palavra se exibe Mas é casta Usa burca E minissaia Um tanto "paia" Mas social Da tua laia Antissocial Cansaço do excesso de palavra exibida. Prender conteúdos só como ilusão. Alusão. Um A para um O. Fusão. Con. Falo pra que possam não me ouvir Os cheiros de mofo e placenta