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Mostrando postagens de junho 30, 2015

FIZ CAFÉ E FOI BOM

Fiz café e vi que foi bom. Fiz meu mundo e gostei. Cortei a fatia do pensar com que acordei. Sentei na cadeira de um rei que morr(eu). Compreendi que não há restos desaproveitáveis. Vasculhei a memória naquele canto empoeirado. Encontrei um cavalinho preto de plástico. Alimentava-o com comidas de besteiras jogadas. Dessendentava-o com água abestalhada. Blasfemava plasticamente. Plastificava-o mas ele não morria. Meu pai me fez um brinquedo de madeira. Um triciclista. Durou muito aquele menino ao triciclo. Não tinha nome. Eu só gostava daquele brinquedo Como de um grande amigo. Um grande melhor amigo. Tomei o café e cutuquei Um caroço desamigável de mosquito.

ENTENDO-ME?

Entendo-me como um desentendedor. O que está à frente dos olhos cria limo, por querer entrar na visão que tenho das coisas. Desnaufraguei da ilha de Acharkistoucerto. Sei que há mistérios na pele que ignoro. Ignoro mistérios ou a pele? Esqueço de banhar os poemas. Fedem ao eu de máscaras feito. Tirei uma foto do pensamento justo. Estava baça, não enxerguei a essência. Talvez deva fazer outra coisa com as palavras. Talvez deva deixá-las no teto pra secar. Onde há grama para deitar o fluxo das coisas? Desentendo.