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Mostrando postagens de novembro 14, 2013

SEM PROCURAR SENTIDOS

Sem algo a oferecer, aqui nesta janela me apóio. Em baixo, todos querem algo. Também querem entender. O que posso lhes oferecer, sem missão ou talento ou poderes extraterrenos? Posso dar raiva e água...mas.. somente pra uns poucos. Diariamente, me crio uma janela pra me ver com a imaginação. Sem pensamentos profundos como procurar sentidos para isto: um eu a escrever a navegar sem chegar ao fim das pedras nas mãos que as arremessam.

SOL DIVERSO

Um homem fora do lugar. Qual seria o lugar? Este, de dentro? Na pauta, um homem senta seu ser de árvore e rocha. Não pertence à sombra dos dias. Seu sol é circulado de noites espirais.

UM B. BUM.

A vida de um homem B. A vida de uma bactéria. Num grão de pó sua alma. Nada usa com moderação. Voltemos ao fato. Atravessa a rua. Miram-no e não caem. Porém, seu ser é escuro Buraco. Ou Berro De Barro. Um B. BUM.

O CÃO DE ARTAUD

Um cão de nome Artaud estirado na calçada. Uma multidão em fragmentos lhe desenhava. Uma massa enorme de um cão dos grandes. Um cheiro nauseante de violência. Embora não haja sangue. Pode ter sido morte natural. Venero a existência nua. A partir de ter topado com esse cão. Talvez por minha necessidade de ilusão. Ou por nada. Artaud também deve ter tido um cão. Seu nome devia ser Teatro. Deve ter alimentado ele com carne de primeira.

NOSSO REINO

Fotografia de um objeto traz à memória o toque inicial, que pousa sobre o objeto como a lua no colo de um poeta em delírio. Sem a flor-memória, nosso reino é inominável.

ARTE E CAOS

A Arte dá sentido ao caos. A Arte não dá sentido ao caos. Crianças ainda sentem fome sem sentido, inobstante a Arte. Por exemplo, ouvimos ONCE UPON A TIME, um sem-sentido entra E ERA UMA VEZ. O caos é o caos. A Arte é o sentido, mas por aí sentem fome, e, ainda assim, sentidamente, assentimos.

VARAL OLHADO COM CONTEMPLAÇÃO

Olhando num varal calcinhas e vestidos de toda cor, um homem chega a pensar na dor velada de se achar insignificante e de oprimir o indistinto. Mas, olhando por um outro ângulo, dá uma fome danada de algo que nos concede morte e a ressurreição e tem um triângulo de feição.

BUM DE TODO MODO

Se todos soubessem da verdade, o mundo não existiria? Haveria harmonia? Todos seriam poderosos. Então, bum. Se todos fossem mentirosos, teriam o Poder da Mentira. Haveria BUM de todo modo. Então, bum.

UMA TELA SEM SAÍDA

Que privilégio o de poder acordar, ir até o banheiro, esvaziar o que restou, e pensar no por fazer, na areia de uma  praia pensada. Depois, olhar o relógio, esse grilo falante que não fala, mas pressiona bastante. Uma tela de PC sem saída para um onde.

TRANSFORMANDO

O que me transforma É sem lide? É a vida fosco vidro Ou revide oco? Os cacos me esboçam Em postas de espelho E ferem a escrita Da pele que sanfona. Dei mil vidas às mãos, Dei corte ao doer, E gerei-me graças Ao me estilhaçar. Fiquei ser de pontas, Da lua no entorno Ser de insones Semas e espinhos.