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Mostrando postagens de novembro 4, 2009

A MEMÓRIA

A memória brinca e pinta nossos álbuns Somos sobre/sob a roda do ontem em pétalas Há incêndios empalados no passado sem gozo permanente A alma de sete anos envesga por trás dos óculos verdes Para engolir a linguagem com pressa de chegar à idade adulta e então defenestrar Aquilo que é se mover em sua morada Difícil em cima da árvore que não havia Como criar palavras-pitangas Para descrever novas coisas E criar bancos-corais para as primas do amigo Aprender depois a suma receita de: Engolir os mares com nossa arrogância A janela do desejo em seus trovões De tentar escrever o sol cubista Mas não Olhar pela janela os sacis perfilados O cavalo fala dos filósofos loucos e faz seis asas de seis patas Tudo é memória