Flores no asfalto, Placas assassinas Ante carros ingênuos. Grita o sangue fátuo Nas calhas corpóreas, Arruinados passos Na selva urbana - bombas, Nos pesadelos gráceis, Nos beirais das densas, Sujas rosas de lixo. Entre peles de lata, Com besouros fósseis. E no entorno vozes de I-pods i-púbis i-pads De shoppings físseis. É assim que o esquife, O túmulo sempre se abre Para consumos dos povos Calcificados - classificados, É assim em dourada remela. Assoa o nariz e o limpa No papel da bala-neon Que só compramos Pra manter as diferenças De sofás nas salas.