Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de setembro 29, 2013

CORRUPÇÃO DE ESTAR

Posso fazer o amor parar. A paixão não me seduzir. Posso fazer o ódio ser um grão Alucinógeno para a dor. Posso parar aqui e ficar horas Pensando na águia que cruza dentro. Posso transar com deusas Nas crateras da lua. Ser um pai de família exemplar Durante séculos no meu filme. Posso chorar a manhã polar. Posso xingar anjos em braille virtual. Na verdade posso não poder Não conseguir. Mas quando cruzaste Os céus e abriste as asas, morte, Não pude deixar de me corromper.

O CACHORRO É QUE ME PUXA

Puxo o cachorro. Ou ele me puxa? Duas vezes ou menos por dia num rodamoinho ele sai a passear comigo. Me põe a corrente e vamos. Cheiro os pneus e postes. Talvez ache o cheiro do mijo Da cadela que roubou-me o osso. Por vezes, escapo. Quando estou com sede de dor, volto. Dor = Corrente. Não sei fazer escândalo. Como não sei definir dor. Confundo com água.

SEM QUERER FUI ME LEMBRAR

Sem querer fui me lembrar das tardes álgidas sentidas como sol ardente. Dos tigres que soltei do coração selvagem. Da leveza que aprendi no risco das flores com sedução espinhosa nas dores. Das imagens que acorrentei tirei vida e sorrisos. Para o teatro que antecipei em tropeços. A pele chora pela pele que o tempo rasgou acendendo a tormenta como fosse suor de abismo. Venderei armas para te encontrar, ó jovem bardo? Qual beijo me acordará na áfrica que sequer tenho? Quem me dará o poema-graal que me cure? Lábios sumiram ontem.