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Mostrando postagens de maio 2, 2018

AO MAR DE TI

No mar de teu ser Todos os peixes deitam E são tubarões Os mestres do Amor. Antes e depois de teu mar, Há um corais em prantos Por nunca mudarem de cor. E no mar de teu todo Sedentos amores nadam Em coloridos ódios fractais. Os teus átomos imitam Faces de deusas lunares. Evoés à tua alma que pode sentir, tatear a nudez oceânica de teu sexo que morde o espírito só.

TEM AMOR QUE

Tem amor que mora, Noutro sem morada. Tem amor que escora Outro na amurada. Tem amor de exórdio Que no fim dá ódio. Tem amor que grita, Outro, nem se agita. Tem amor que reza, Outro que blasfema. Tem amor de estica, Frágil pra um poema. Outro, irreparável, Tem retina gasta De pele e paisagem Do todo da amada, E faz mil viagens, Sonhando acordado. Outro, iniciante nas artes do amor, tremendo na base, faz que vai, mas larga, a si se sequestra, num quase engasgado.