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Mostrando postagens de abril 20, 2013

AO FIM, A MULHER RAIA

Os ombros do homem não doem, ao final. A mulher os atinge com seus olhos de amolecer pedras. Por isso, o homem sorri nas intempéries. O ombro doendo chamando a chama do amor. E as ondas levam o grão com suavidade.

JUNTO Á CARNE

A mentira junto à carne. A verdade é que poucos Serão lembrados depois da morte Num espaço de cem anos Quando outros azedarem Seus hambúrgueres, quem? Falo de mim também, Dos afetos meus, embora verdes, Dos sangues secos, Do meu amor pelo amor, com final. Quando não mata pessoas Nas calçadas quentes De saliva, sangue e caminhar.

DO OUTRO

Ser o próximo de pele e seiva doando árvores. A certeza é avara ao surgir de caules cintilantes. Ser o próximo de seiva e pele, compondo chuvas e ventando, doando o que resta nas folhas. Ser o outro que só se desconhece por mim.