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Mostrando postagens de janeiro 24, 2015

ARTE COMIGO DENTRO

Minha Arte é um ponto Que gera inumeráveis linhas E inesquecíveis rotas. Minha Arte é uma linha Que gera inumeráveis formas E irresgatáveis vindimas. Minha Arte é uma forma Que gera conteúdos infinitos E é. Comigo dentro. Moído. E sou.

MATAR O ESPELHO

Se eu soubesse curvar A foice da morte No pescoço do seu vazio, Se eu soubesse matar o espelho De seu quarto sombrio, De seu lacre ignoto, Se eu soubesse o ritmo do escuro Vale de sua morada, e o alagasse Com mansas águas, Mas não sei nada da morte, Nada de seu vale de escura flora, nem quando queima, nem quando afoga...

RONDA O POEMA

O poema ronda, Mesmo quando em sono, Vem como uma sonda, Fundo, verrumando O poema é fundo, Mesmo à superfície, Fácil na difícil Arte em que persiste Nossa alma abre Como fosse pele, Aderem no espaço Dez dedos à verve O poema solta Fogo e água, dura, Mole massa molda, Rija, quando apura Fala o poema e é mudo, Desnuda e é retalho, Brande arma e escudo Pra internas batalhas

ALMA CUJA SEDE

Alma, cuja sede é fome. Alma, cuja fome é dança. Cuja dança é fogo. Cujo fogo é manso. Alma, cujo desespero Tem muita esperança. E cuja tristeza Geme e falseia risos Por cima das mesas.