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Mostrando postagens de junho 16, 2015

FLOR ESTA QUE

...Fazer um poema claro todo mundo enxergaria menos o cego completo no verbo a fazer o corte. ...Mas se a vida é metro curto sem claro e escuro certo resulta que o tempo é pouco para a absoluta régua. ...Fazer um poema claro para fatos-redemoinho cujo fim tranquilo é raro qualquer um aceitaria ...Mas fazer escuro e claro Misturando mel com fel Dá mais brilho e distancia O escritor de Babel.

DA BONDADE

Somos bondosos? Há quem diga que a bondade é natural. Até os maldosos. Os maldosos exercem sua bondade com fúria. Olhamos o próximo. Se o olhar desvia, desviamos nossa bondade. Como os pardais e pombas. Sujam sem saber que estão sendo bondosos. A bondade dos pássaros aos auxiliares de limpeza. Graças aos pássaros eles limpam. A morte é bondosa. Não avisa. Chega simplesmente. A vida é bondosa. Não avisa. É-nos dada simplesmente. Não querem ser bons com o magoado, o medroso, o inseguro. Querem ser bons com os seus. A bondade atravessa o mar. A bondade trepa em caravelas. A bondade penteia as algas excitadas. A bondade nas rochas. Estilhaçada. Para se recompor mais adiante. O olhar imaturo dos que não sabem ser bons. Não sendo bons, não sabem ser maus. Mas há maldade no excesso de bondade. Como há bondade no excesso de maldade. A mulher e o homem crucificados no excesso de convicções. Precisam de algo para ser bons de modo verdadeiro. Precisam de equilíbrio. A bondade chega e senta à mes