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Mostrando postagens de dezembro 6, 2012

DA AUSÊNCIA DE CULPA DAS MULHERES RISONHAS

Aquela mulher entra na igreja  onde homens  intermediam Deus,  esquecida ela  das inquisições  que mataram mulheres por dominarem as ervas  por andarem  de peitos livres  dentro de casa e por dançarem alegres, por terem luz  cativante  nos olhos e úteros belos  como o oráculo de Delfos. Quando mulheres  foram queimadas  veio o medo  e outras mulheres deixaram de cantar nuas dentro de si. E gotas mínimas  de descanso à dor se foram. Embora sempre a esperança  da volta da ausência de culpa. Um dia disseram uns caras: - Cubram de terra  as costelas daquela mulher! E no outro as restantes  engordaram  para cobrir as costelas.

SEI POIS PESQUISEI

Eles têm línguas espessas. Elas são gosmentos peixes de ferro. Eles e Elas são leves como a inexistência. Sei disso pois fiz pesquisa em todos os nossos arquivos. Abri um processo de número zero. Endereçado ao Eu Tu Nós Vós.

MESTRAS

a pedra me ensina sem permuta a ir por via das dúvidas juro duro surgir pensar esmagando o ar vir pelo lado jurando sólido a lamber  os beiços da língua portuguesa são pro poema a prender o vento a copiar o mar juro que idéias são mestras duras e sem pena no teclado

QUEBREI ESOPO

Já quebrei as mandíbulas de Esopo com as águas que jorram de meu esquadro buscado na inevitável enchente de violência no começo do século quando todos eram bichos de cartola e não ligavam a esquadros que soltavam águas que casavam com fogo e não feriam.

NI AO MAR NIEMEYER

Oscar foi nadando nadando  Até que dominou as ilhas de papel. Traçou linhas de vida nas pedras. E com sua poesia curvilínea Entortou as retas dos rochedos, Gerando com suas curvas  Mulheres feitas de pra-sempre. Ni ao Mar. Niemeyer.