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Mostrando postagens de março 29, 2014

OS MIOLOS DA ALMA

Uma grande dor daquelas apocalípticas elípticas críticas míticas sifilíticas císticas A carne saiu pra fora com os miolos  da alma frouxos de carne e meleira doideira nojeira tranqueira perto nenhuma enfermeira  rameira bombeira Os ossos furando os tecidos monstruosa visão aterrorizante estranho choque supernatural apocalipse zumbi foda Então, a alma saiu, melada de sub-canções com fragmentos de ossos de sonhos curtindo na cara dos outros demoníaca simpática infame sorrindo estúpida insípida indelicada delicada chorosa  bonitinha sensual Saiu e voltou, tímida

GRANDE CARA

Prometeu foi um grande cara. Filho de Japeto, irmão de Epimeteu, o que se metia em tudo, falador. Um dia foi de encontro à vida. Hesíodo e Ésquilo me esperando para tomar um suco de uvas. Garantia às viúvas isso. Uvas vi. Sem ele, eu não me enxergara. Também roubei a merda dos deuses. Adubei com ela minha alma, por isso vomito até agora estes versos na cara de alguém. Bebidas fortes amor e ódio. Não pegaria em teus orvalhos. Quando ele deu a luz aos homens,  não hesitou.  Prometeu? De vez em quando, eu levo uns cigarros pra ele. O abutre dá um tempo e vai molhar o bico, tirar a água do joelho. A madrugada tosse feio. Prometeu, cumpriu, Embora a ilusão.