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Mostrando postagens de julho 25, 2013

NÃO POSSO SALVAR O DIA

Não posso salvar o dia. Ele já nasceu crucificado. Não posso salvá-lo. Seu sangue sobre nós. Até queria. Mas está escrito nas peles como estigma. Bem no centro dos seres. Doendo como um osso gritante. Escangalho suas costas. Acendo com meu escárnio seu caule. Mordo suas folhas com meu cinismo. Não posso, não quero, queria.

O TEMPO É TEU?

Pode pisar, o tempo é teu, Não esqueças que embaixo, Embora o espaço/tempo dobre E nos confronte, Senhora, Faço palavras-circunferência. Quando estiveres sem ar em cima Não esqueças a força que de teus olhos Senhora Pus ao canto dos meus óculos como estepe E só há sofrimento no poema Quando ele se joga.