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Mostrando postagens de novembro 13, 2013

BRAÇOS EM VOLTA

Agora, braços em volta De uma efêmera foto. Das vítimas no mundo. Clitoridomia. Modelos sem clítoris entre 140 milhões. Ablação do prazer. Ritual milenar. Semente de religiões. Sinalizam que o homem há muito é morto. Há um cavalo chamado desespero. Um falho ser joga boliche com Charlie. E sorri a um paraíso cheio de pelos. Uma amiga tem faringite. Tragédias se superam. Todos pensam na árvore inicial onde se encostavam contadores de história que eram bons com seus ouvintes, entre os quais não havia mulheres. O amor tem aspectos de amorodomia.

APOIO

O Tempo veio e te mirou sério Já o Espaço - uma sereia safada - Abriu-se em cheio para ti, Mas não pulaste O cantinho estava bom E pudeste cheirar a vida No pássaro que dava saltos Logo abaixo do poste

POSIÇÃO

Você tenta achar uma posição entre lençóis e cobertas. O abajur está aceso. Um livro jaz sonado. Você ficou só no abismo das horas. E com cansaço até de pensar. O dia consumiu tudo em ilusões. Como se tudo fosse vertigem. Vertigem deve ter acendido o abajur quando te possuiu fazendo desmaiar o livro.

HÁBITO DE ESCREVER

O hábito desde que acordamos logo que o sol nasce nos conduz a um limite intransponível e a uma tendência incerta de fazer receitas. O hábito de escrever fácil ou difícil, enquanto a alma mergulha, por exemplo.