Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de dezembro 14, 2013

A POESIA FACE FOSSE FOSSA

Sua face torce. Fosse séria E santa Seria a fossa.

SUICÍ(DEUS)

Sui. Se Deus Cedasse O Eu.

DEPOIS

Incrível ainda você estar de pé, Depois do caos na mesa. Incrível ainda você se pentear, Depois dos laços na rede de pesca. Incrível ainda pintar as unhas. Depois do chute no saco de deus.

NO SÉCULO

Ela nos olhava. O seu grande bico. Éramos os ovos para o escafandro. Ela não ria nem chorava. Sabia já do fim. Suas garras sempre afiadas. Eu nem ligava. Assoviava uma canção. Era tão bom. Isso foi no século passado. Ou foi agora?

FACA DE LUA

Uma vida não é suficiente para virar espuma do mar um grão de areia talvez como aquela vez que me acharam espião e tu me disseste tens uma cara de dedo-duro e notei que duro não era o dedo mas o muro do medo Me prenderam em suas cabeças mas sai livre da palestra em que mães menstruaram sedes de vingança no amor havia bancos vermelhos embora brancos e preparavas o chá que me darias com a noite fatiada à faca de lua

SALVAÇÃO

Pegar um copo com as mãos um corpo com outro corpo mas quando se pega uma alma com a outra acontece deus como se a praia fosse eterna como se o filho se chamasse salvação

FALA AO MAR

Há excessiva fragilidade. Excessiva credulidade. Meus dentes são fracos corais. Minhas rugas transitam em rasgos. O oceano tem saudades paradas. Barcos se aquietam para o sono. Vejo um em cor de reggae. Verde, vermelho e amarelo.  Um pescador me conta num galho Sobre os pratos de seu avô Cheios de  cozidos de peixe Com farinha de banana. Eu moraria aqui. Minha cabeça é lisa como uma negação. Tenho excessiva fé quando não quero E dura uma vida de cigarra terminal. O pescador tem um barco Que sempre está com ele, Eu tenho um abraço, Um abraço que meu pai me deu. Quando chorei de medo Da sereia no parque de diversões, Fiquei escuro. De vez em quando nas cercanias Há um trovão que espanta Maremotos. Mas sorri.