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Mostrando postagens de junho 25, 2011

AFOGADOS EM BELO TREMOR

Com o ser um pouco sonho. A morte deveria ser assim. Um belo tremor sem muito. Um belo robô com dúvidas d'ont. Com beleza azul-prateada-ôntica. Antes de atingir estilo (morte). E diga o verde-louro deste ser pelo que não explica o relógio onde seis corpos metralhados por motoqueiros jaziam deitados na via principal colhendo lágrimas das mães que todo dia botavam ração pros peixes dos aquários dizendo pronto, bebês, comam esta ração nova que comprei. Nem perfumado passo atreve Seu presente ser em beijos De toque cálido. Há jornais sobre o sangue no asfalto absorvendo amor desamor colados no pó deixado por automóveis e passantes aderindo desumanidades rascantes fezes de cachorros secando há dias rolando do canto das calçadas. Há jornais onde seis corpos flechados por índios montados em cavalos de ferro e ronco são afogados em sal de glândulas lacrimais esses seis corpos aguardando ambulâncias que sempre chegam com braços cansados que sempre vomitam