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Mostrando postagens de outubro 27, 2014

FLOR QUE BASTE

Por amar muito este amor que o canto de carne e alma ao fundo do teu ser, e por guardá-lo todo em teus encantos bem mais te amo a me submeter. Eis o milagre dos encantos teus que faz escravos de escravos natos para servir-te mesmo após Morfeu fingir-te a Morte com manhas de gato. Amo-te como um David-Golias, Anão-gigante, corajoso traste, Arcando pesos, mas com alegria. Me faço rio em fúria, embora afastes, Roubando as flores que se agacham frias Pra que só tu seja a flor que baste.

SONETO DO SILENTE AMOR

O Amor encontra fala que o expresse? E a fala que o expressa mede a Alma? Será o atroz silêncio o que mais tece O Amor de duas mãos que bem se espalmam? Profundo é o rubor que atinge as nuas faces cujo amor preenche o olhar, tornando vã a fala que insinua saber bem mais por verbos manejar. Sempre temi palavras sobre o amar Que mais profundo é no estar calado, Amando, sem falar-nos, a tocar. Que o amor sem fala é mais falado Pode-se comprovar no nosso olhar, Que escreve e lê no vão silenciado.