Cubatão, atenta E deixa eu ler-te o imberbe rosto… Leio pelas linhas de tua pele Lutas desde o salso dos sambaquis Sob odores de jacatirões, ipês, bananas, Jacas, mexericas, e outros perfumes, Como bem cantou Afonso, Ao bem louvar-te fauna e flora. Na linha do queixo, leio o doce fluxo De rios, serras e mangues, Onde ágeis pirralhos brincam Ante a recatada sensualidade De moças lavadeiras de cócoras Engrossando as coxas no dobrar do corpo, Pitos acesos nos cantos dos lábios. Rios que Em timidez e fluência, Mais corriam, pintando claros, Por artes de tara fluvial. Em teu pescoço, leio a artéria verde Das infindas trilhas por onde Ramalho Martim, Tibiriçá, e outros andaram, Subindo o Planalto, em ingente caça Aos Tupinambás, naturais das selvas. Aqui, apertados de sede e fome, Viajantes massageavam os calos Trançados mais na alma que no corpo, E, ao canto da saparia, dormiam, Barros seus corpos de alma vegetal, Como a posar pra Jean Luciano, O pintor de Afonso passado e futuro. Em teu...
BLOG PAIXÃO PASÁRGADA, ONDE UM DISCÍPULO DE HOMERO E TÉSPIS OFICIA