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Mostrando postagens de maio 30, 2013

VENCEREMOS

Enfrentarei os teus anjos negros, Lúcia Oliver, com pedaços de aurora e nuvens de maçã. Nos países cobertos de tempestades, semearei as terras com bons sentimentos, cheios de cor e um pouco de fúria, por ti. De dentro do caixão escaparei para percorrer teus infernos doces, colocarei sonhos na tua boca e tua cabeça deitarei em nuvens leves. Quando acordares, haverá um língua nova, feita da infinita variação de quatro letras: A M O R. Depois, iremos às ilhas, às sete ilhas do arquipélago aceso de febre, da boa febre dos encantados, da boa febre da pele dos casais. Aprenderemos a tecer relâmpagos diretamente do coração e venceremos a morte com algodão doce.

SERPENTES NOS JARDINS DA MENTE

Disse o Grilo, verdolengo que gostava de pombas depenadas, que juntos somos eternos e isso foi às quinze horas e quarenta e oito minutos, antes dos corpos entrarem e estilhaçarem as imagens que protegiam nossos seres, emparedando nossos pensamentos antes de nossas cômodas nuvens, geradas de arcaicas mulheres junto à fome desde o começo do quaternário, quando expulsos no exato momento  em que titãs defecavam serpentes nos jardins da mente, que eram feitos no alto de nossos cérebros  com flores mortas  por palavras pontiagudas como estas paridas por este escritor assassino sob contrato permanente da alma...

IRREPRIMÍVEIS

Irreprimíveis, às vezes, as águas agitam-nos. Mal levantamos as mãos, afogam-nos. Não podemos nos conter, e o líquido verbo domina. Intermináveis braços criamos para de(letrá-lo).

CONFISSÕES DE UM DAIMON

Sento-me na calçada, a olhar insone o que deixaram pra que eu olhasse. Aqui criaturas celestes sorriam. A lua pairou ontem aqui para relaxar e acordar meus lobos internos . Passo as mãos pela calçada e toco num alfinete. Sangro. Queria sentir o cheiro de cada noite durante o dia. Me ponho a perguntar sobre sentidos de coisas que jamais aconteceram. Me ponho a perguntar sobre conceitos de vida e da morte. Me ponho a perguntar do rastilho que a lua deixa nos líricos. E o que eu penso do caminho E seu potencial de medos? Sento exatamente onde a lua brilha encaixando o corpo-palavra. É um canto perigoso por provocar demasiadas perguntas em seu frio constante. Na verdade, sou um daimon. Tive que derrubar aquele anjo E tomar o seu lugar.