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Mostrando postagens de abril 7, 2013

O SOL TROÇA

A mulher de cigarro na boca urina cacos de dor. Troça O sol da solidão rói na sua nuca Produzindo o rancor. Traça. O tempo sopra seu cigarro na pressa. Chora a farsa com cheiro oprimido, Devorando chips com hambúrgueres. Jogos mortais pegam na raça mais um político pelos relógios.

HUMILDADE

É tarde e estou dentro de um bus e bem atrás, de onde o cheiro reverbera, de uma porção de coisas, uma mendiga entre sacos de plástico sorri sem nariz. Uma outra mendiga finge ser madame, com um poodle, em francês caniche, com voz de plástico, do imaginário desfiado na mente branca do presente. No lado esquerdo do ônibus, um mendigo mela a mão com os raios de sóis líquidos. Quando desço, descem os mendigos comigo, caminham comigo desde há muito, a me ensinar que o excesso de perfume  pode esconder uma alma fétida.