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SEM QUERER FUI ME LEMBRAR

Sem querer fui me lembrar das tardes álgidas sentidas como sol ardente. Dos tigres que soltei do coração selvagem. Da leveza que aprendi no risco das flores com sedução espinhosa nas dores. Das imagens que acorrentei tirei vida e sorrisos. Para o teatro que antecipei em tropeços. A pele chora pela pele que o tempo rasgou acendendo a tormenta como fosse suor de abismo. Venderei armas para te encontrar, ó jovem bardo? Qual beijo me acordará na áfrica que sequer tenho? Quem me dará o poema-graal que me cure? Lábios sumiram ontem.