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Mostrando postagens de maio 31, 2013

SEM LERO

Sem muito lero-lero, vamos dançar este bolero, meio no céu meio no fogo e, lento, dizer: - te quero. E depois pedir: - de novo.

VARRENDO

Estava varrendo a casa. Um papel voava ao léu. Aquilo me preocupou. Não podia esse papel ir pelo caos. Peguei o papel de minha vida. Aquietei-o no prego da calma. Afinal, já tinha mais de trinta. Ou mais de vinte? Ou mais de cinquenta? Ou mais de vinte e cinco biênios? Mas no prego deixou de me preocupar.

SANGUE NOS OLHOS

O ratinho morava  no fogão lírico. Olhos o observavam  há tempos. Tentou ele ser amigo,  confesso. Decorou até meu livro  do que-mesmo. O ratinho - um poema amarfanhado. Estava o eu-ratoeira com sangue nos olhos.