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Mostrando postagens de dezembro 25, 2012

UM RÁBULA COM FURÚNCULO

Assim a fábula do furúnculo: Um rábula de alma zen. Nariz com cravos aduncos. Lembravam-no no armazém. Não comprara alfinetes Para furar-se o homúnculo. Nem comprara estilete, Só um pedaço de junco. E terminou assim: Com o junco fez um cesto, Uma esteira E um assento de cadeira, Esquecendo o furúnculo E sua fábula o rábula De cadeia.

TRAEM ENQUANTO CHUVAS

Traem com tal desfaçatez, Homens sem pombas que são, Apenas para ganhar espumas marinhas. Usam a traição Para triunfar sobre bocas brancas Rastejando paredes com alma enlatada Qual lagartixas ou lata/gartixas. Abusam das costas alheias, A palavra dada é cravada no escuro, São formados em lama e lixo, Profissionais da antiética. Venais, Traem mascando chiclete, Enquanto chuvas caem de pedras Sobre as nossas janelas.

APAGUEM-NO (versão II)

O homem cai no mundo. Dão-lhe cuidados, leitinho, sopinha. Limpam as suas frestas com lencinho umedecido, fraldinhas, Em seguida, fazem-lhe festas, até planos lhe impõem. Primeiro e Segundo e Terceiro e Quarto, etc. etc. todos sabem. Bem depois, se presta, presta. Se não, não. Não sei. Quer dizer: surge de um ventre, em corte. Não é uma pasta (se não lhe passam de jeito). Não dá pra fazer um Ser com ele quando não quer. Às vezes, vira peixe em lata nas conduções e comícios. Não é um quê coisificado (só quando o coisificam). Ou melhor: nasce e cresce. Outros tentam equiparar-se com bengalas de bambu. Outros, sempre de quatro, só aguardam arreios. Outros, na língua esperam outras línguas. - Apaguem-no!, dizem quando decepciona.