Eu estou aqui. Por trás destas lágrimas. A água pesa e salga. Com meus olhos salgados Talvez se enxergassem mares ignotos. No entanto, arde o vento tanto Que a retina explode as hélices. Por trás destes moinhos espero Que passe a febre desatada. Por trás dos telhados Que como uma cortina de vidro Balança ao sofrer do granizo, Eu, espírito caminhante, teço uma elegia Ao festival de versos que me elege. Na cachoeira de ritmos pesadelos colocaram sonhos. O que esperavam nos mil lados? Livros se acumulam, molhados, do outro lado das lágrimas. Luzes da cidade se intensificam, lágrimas sobre os faróis. Uma mão envolve uma caneta embora para lá da criação.
BLOG PAIXÃO PASÁRGADA, ONDE UM DISCÍPULO DE HOMERO E TÉSPIS OFICIA