Ele foi um homem bom, mas de que vale ser um homem bom se a vida está pela hora da morte? De que vale ser um homem bom se a morte está muito bela para sujeitar atitudes? Ela foi uma mulher humilde, mas de que vale a humildade se o mar está encapelado há muito? Ele, sempre pronto a revisitar-se a rever-se a procurar respostas a ensaiar soluções, mas de que vale isso se o ato de pensar ficou agreste e o próximo segue o valor de mercado distante de possíveis? Ela tinha o espírito aberto, perseverava quotidianamente no hábito de sair ás cinco horas para a caminhada rente à estrada de ferro, da Igreja Matriz Católica até o final da Vila São José, mas de que adiantava todo esse esforço, se implicava na perda do tempo roubado de fazer um poema mesmo temporão que não poderia nascer em horário diverso? A ele tudo fascinava, quer um pássaro cego, quer uma palavra morta, quer uma música de asas reflexas, quer um cafezinho com amigos poetas, mas de que servia tudo isso, se tudo isso findava na rea...
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