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Mostrando postagens de junho 8, 2014

PERDA DE OSSOS

O teto o tato o incerto o cato eis que é perto o opaco da ideia ao fato O fato é o feto que invade o veto e é o intimorato da falácia aberta O mito o meto ao que atrasa o traço e é o fim que é mato pra quem perde os ossos

DE(US)DO

Quando traçado o verbo errado, desconstruiu a oração. Um verbo insubordinado foi punido. Por engano. Quando pousou os dedos não percebeu que o verbo era oraçófago. Parecia normal como um psicopata o verbo. Parecia ter nascido entre sujeitos de bons predicados. Era admirado nos jardins da sintaxe clássica. Singrava poemas antigos com exímios particípios e gerúndios. Mas desconstruiu. Por revolta contra o risco de um de(us)do.

NO MAR DA ALMA

Pele raspa e despe alma tece e guarda pele arde e fere alma desce e alarga Pele cospe e adere alma esquece e lasca pele finca e é verve alma ferve e enfada Pele tosse e serve alma inverte a toada pele fica e é breve alma é astro e nada

FENDENDO SOBRE

Sob o ser tremendo, Molhas, atrelando As trilhas do efêmero Ao destino ilhado. Lá de trás as falhas, Folhas sob ventos, Olhos estraçalham Peles desprendendo. E o poeta emenda Traços, troços idos, Sem pôr alma à venda, E vai escorrendo, Sem expor conceitos, Poemas fendendo.