Meu rubor, trace no espaço A cabeça e me releve, Trace também o pescoço, Trace os braços, trace as pernas, Faça um assaz riscado No espaço, enfim, que sirva Ao verbo, sem diz-que-diz-que, Pois o poema assim atreve-se, E quer SER, cobrir-me a mesa, Gelar a letra na sebe Do papel, que lhe emaranha. Meu rubor, tira essas presas De ferir amor que atreve-se, E mantenha a boca insana Mesmo para um beijo-service No poema e observe Que já papeou mil linhas De rubores indeléveis. Cuidado, então, almocreve!
BLOG PAIXÃO PASÁRGADA, ONDE UM DISCÍPULO DE HOMERO E TÉSPIS OFICIA