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Mostrando postagens de julho 27, 2013

MAÇÃ

Há uma ontologia nesta maçã que como e o poema ganha uma forma definitiva. Mas ainda sou culpado por esta casca.

TELHAS DE EMOÇÃO

Outra vez, saio daqui. Só. Rascunho imprópria mitologia. Um gato quase fala no teto. Uma emoção entre as telhas. Que sei da dor? Ela se sabe. E caminha entre nós, curvas Costas, olhos turvos, muda E calada num falso carro, Cujas rodas estão com varíola. A pele vai rasgando, a alma Com um zíper, sobrevive às telhas. Um canto sempre espera por nós Depois de nos explorarmos bem. A canção é o ser quando o ser é voz.

NA TOCA

Na toca, rege a impossibilidade. O canto do sol para as faces do escuro. Você sabe, amigo Léo, do vento norte? Um amigo está sempre dentro do café no bar.

APODRECENDO

Neste fogão apagado há um modo aceso. Teu corpo estendido no molho. Tua boca com dentes roubados. A face que floresces me apodrece. Resta o lençol com musgo intacto.

LIQUIDEZ

O desespero de criar vai explodir num trem furado de verniz. O sangue será limpo rapidamente pelo esquecimento. Os miolos serão dos trilhos. A alma esmiuçará o ferro da memória. Quem te ama mesmo? O beijo? Muitas garrafas e panelas dizem que tudo é líquido.