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Mostrando postagens de maio 26, 2014

NÃO QUERES UM POEMA

Não queres um poema que ame Que seja calmo e musical Me queres pesado Como quando tomo nescau Só me entendes Se eu bebo a manhã Com boca em berro Ou rasgo-te as saias Não me queres silencioso Como defeito de celular, Que eu ainda nem levei Pra consertar, por sinal E eu penso em ti como eras A descer a ladeira, O corpo mexido pelas mãos Dos ventos laterais Os olhos belos como originais estrelas, Despertando espelhos do sono eterno E a silente cadência dos santos teus  Atrás do teu celta vestido longo

BEBI DIVERSOS LUARES

Verdade de poeta é coisa séria, por um lado. Por outro, também apronta cascas de banana para escorregões. Um poeta quer um livro; outro, um jazigo, outro rasga traumas, outro almas (eu gosto). Verdade que bebi os olhos do verso, há muito tempo atrás, numa grande área de barro, e fiquei a partir daí diverso do que eu fora, buscando um poema-paisagem. Bebi os olhos do primeiro verso nas revistas de quadrinhos - primeiro Fantasma, depois Os Sobrinhos... do Donald e do Capitão Mac. Quando veio Mãe Preta já tinha topado no meio do caminho com uma parede de luar. Verdade que jamais serei ponto final .