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Mostrando postagens de dezembro 3, 2012

ÓRBITAS EM MEIO

Vários olhos cegos nesta Data-do-Papaizão. Jorram anseios no Iraque do Cidadão Com Filhos. Quem responderá perguntas sem lábios? Olhos de vazio portam desespero e projéteis, Rodam a chave no buraco dos morros De Lugar-Algum para Nenhum-Lugar. O cão-filho destroça  Uma menina abandonada Com pontas de pneus incendiados. Lembrando árvores de escuridão, nos perdemos Em caminhos com cinderelas golpistas.  Há muito somos sufocados sob sacos plásticos, E os homens continuam tendo esperanças Embora sonhos sejam interrompidos Por pedidos de identificação.

LUZ DO MEU NATAL

Logo o dia de Natal Chegará, rindo e sem pressa. Virá andando, normal, Longe da minha travessa. Os mais ricos salafrários Esperando a ocasião Comprarão presentes caros Às crianças do salão. Sempre tem bons milionários que darão de coração presentes aos desprezados pelo sistema fujão. Haverá pobres também que embora sem dinheiro farão pelos outros pobres o que lhes fez Deus primeiro. Pensarão num bom menino Ao longe, irradiando paz. Sem saberem que está perto Desde os tempos de meus pais. Brinca com a minha cadela, Rasga o meu bom sofá, E esquece as coisas sérias No que vive a maquinar. Ontem subiu no telhado. Dei-lhe bronca, ele sorriu. E no seguinte minuto Voltou, caiu, se feriu.... Hoje, viu menina bela, Sem saia pra levantar; Então, entregou a ela Seu pipi pra segurar. Esse menino Jesus Foi Pessoa que me deu. E no Natal dá-me choques, Eletrocutando o eu.