Foi o começo da história. Depois, os tiros foram flores e o céu curvou-se, mostrando o peixe estelar. Um poema, olhos, peixes, pássaro anão-branco, corpos em pequenos feixes cinzas, ao redor dela, a filha de Gaia, protagonista só no final, quando arrotou um terremoto...
Não se desaponte comigo Por eu demorar o olhar. É que há um elo entre algo E os deuses que se vestiram De penas de anjos caídos Em rachas sujas. Ele sempre sonhou estar Traçado na parede. Não se desaponte comigo. Enquanto olho e penso em asas, O vinho não deixará de ser vinho. Digo já: és tão sol escorrendo. E sempre creia quando falo De dentro da ventania De tua pele. Embora olhe Pelas bordas das tuas ancas.
Talvez meu modo abstrato seja um jeito concreto de abrir a criação, cercando o papel em branco com palavras que fingem pintar com poeira meu avesso retrato. Não tenho de ir por onde seja fácil soprar. Muitas vezes, não tenho solidão suficiente. Quando crio cálices de pássaro deixo a alma voar.
Está bem. Ando onde o estar prestes ao canto no ser viceje no galho prantos de cor insubmissa. Está bem. Desando por querer criar um mundo com asas, sacrificado anjo azul, punido e escavado como um fruto passado.
Amar azul mente o mar-amor va zan do com o fervor supremo das cara- velas redivivas como barcos a vela. A pele num ta- pete a nil, onde passe o dobrar de um céu ante, sentindo a água nova em flor, orvalho de peixes nos pés. Jogando corais o sol de ilhas vazando, belo como teus olhos no sangue das á guas.