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Mostrando postagens de junho 8, 2013

GAROTOS, ESCUTAI-ME

Garotos podres o mundo continua podre não há vida nesta merda todos querem foder do lado errado massacrado o pequeno pelo graduado ainda Quero vomitar na barra dos Poderes quero vomitar na falsidade dos seres Papai Noel é um pilantra metido a intelectual e comendo criancinhas o abusador pedófilo piorou Há muito filho-da-puta Garotos Podres o mundo fede pra caralho o palanque ainda existe e é bom pra fazer cocô o Brasil ainda é um barraco de 1,99  todo colorido e fedendo a mijo e merda de cachorro ainda Garotos podres o mundo gira torto cheio de cachaça na cabeça ainda e eu tenho de amar ou apodrecer ou entontecer com pau limpo, claro, senão como eu vou escrever sobre esse mundo  com gonorréia e chato? Ainda temos de gritar ainda temos que matar em nós esse tédio da porra com a consciência de Garotos Podres clamando pelos miseráveis e pelos que vomitam  em paletós e gravatas Vou fazer cocô É menos podre e cheira melhor E só tenho dinheiro suado pra limpar

GRANDE NUDEZ DE ORESTÉIA (PEÇA DO GRUPO FOLIAS DO CARALHO)

Grande folia/dança trágica, cujos pés torcem, retorcem a respiração pausada ante  o olhar do palhaço-fúria-homem-mulher. No telão, riscos de rostos, paredes prontas aos grafites pós-modernos clássicos. O espaço incha, bola inflada com a energia do mistério cênico. Milhões de bodes se vêm, retalhados por línguas incandescentes. A moto possante carrega o ar com elementos rascantes. Não há um rosto, há um rasgar de entranhas, onde paus de politimortos jantam feminilidades de cotelê, onde toda a nudez não será castigada, Se for nudez política e dionisíaca, ponta de punhal nos bem-pensantes. Glória ao diretor Marco-sígnico-cênico, Com seu direito à condenação-ascenção de rolar rochas de Sísifo esmagando crânios diuturnos em seus quadris, antes de servir aos cães cínicos inocentes culpados que somos nós, famintos de devoração dionisíaca nós, devorados minuto a minuto em modo báquico, na esperança de poços de merda e pernas quebradas. Nós, falos eretos murchos quietos vaginas mansas seca

VIDA VIDA INFLAMÁVEL

Vida, Vida, mais te quero. Por querer-te, estou feliz. Por não poder me alongar, Fico triste por um triz. Ter vida além do morrer, Ter viver além do Eu, Esse ansiar me surgiu Quando o Si sobreviveu. Bem eu sei que é impossível Ser Vital até o fim. Quanto tempo dura a Vida Depois que sair de mim? Viver no infindo não posso, O findo vivo é que age. E por mais Vida, alvoroço Motivada e ansiosa imagem. Viver é perto e é longe, Morrer que é triste e incerto, E por não viver bastante, Perderei céus e desertos. Sinto escapar, quero estar, Amando a Vida, afinal, Mas nem sei se o que respiro Revitaliza o meu Mal. Quem há de dar-me presente De valor inestimável, Que deixe a Vida mais longa E este Ser mais inflamável.