Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de junho 15, 2014

AMAR SEM TRA-LA-LÁ

Vem o amor com certezas, Bate em portas com tesão, Sangrando seus mitos gregos. Mascando sem dó seu pão, Com muita libido sôfrega Em mil crostas de paixão. A canção que ele escreve Não cabe toda no afã Dos desejos confessáveis Nem sequer pode a divã. Não precisa ser recíproco O seu mergulho quântico. Assim o amor dispensando Os braços de canto em fá. Que não esteja em conforto, Isso pouco se lhe dá, Ele a tudo com seu fado Suporta, sem tralalá. A flor que ele abre: benção Dos atritos que o aferventam Tem seu perfume envolvendo O tempo com cargas densas De fervor, com seus imóveis E móveis gestos apensos. (Dizem que o amor aos domingos Com a família em volta à mesa Vez em quando imita missas Pra ter de Deus vista acesa Que por ser Velho seduz-se De cupidos na afoiteza.)