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Mostrando postagens de novembro 21, 2012

DE LADINHO

Eu posso justificar o justo gesto, posso dar a décima parte de meus passos, mas não posso ser bom. Ser bom seria como não te amar pelos olhos de tua ausência. Ser bom me faria passivo e doce e não teria salsas sacanagens a pensar de teu jeito calmo e não poderia mais antecipar teu rosto molhado nem imaginar a cama com cheiro azedinho de tua vulva sagrada e simples de ladinho

ALMA DE INFINDA LAMA

Por vezes, desfruto da visão das águias. Vejo ovos rachando nas palavras do vento. Mas aprendo mais no que me dão os lentos Pés que não cuido muito bem, rachados. Quando desço, desço para o incerto grado, Gauche no que meus pés falseiam. O incrível foi ter gerado uma obra Com alma de infinda lama e sobra.

O CAOS SEMPRE CAUSOU

As folhas eram imensas em meio às anãs centenárias. Vestiam a árvore-vida com falso amor. Hetairas. Disparavam muitas flechas na direção da culpa, sendo todos inocentes de araque. O caos sempre causou à tona dos olhos.

A PELE ENCOURADA

A pele em couro é insuficiente Para os lobos com folhas nas ventas. Eles ficam à espreita na estante, De olho nas nossas leituras. Eles não têm vergonha como o padre nu. Dormem em nossos livros. Não costumam atingir alta pureza. Só se acabam quando não lemos mais.