Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de março 24, 2017

água dos olhos

De poemas faço a água dos olhos Com que a alma vigia de dentro, Enquanto há domínio do não Latindo lá fora, Teclo meu ser com água em fios De espanto nestes escaninhos do estar, Onde há febre nos raios E pneumonia nas tempestades, Enquanto preta late lá fora E eu tecendo palavras De estar quadrado num buraco redondo Com meu apagar de realidade Enquanto lá fora preta late Pela escrava hora do passeio E um poste espera ansioso Que ela o cheire sofregamente Até que ele entorte de cócegas Esquecendo a lei do silêncio Das coisas sem sopro