Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de fevereiro 16, 2013

SONS NO VÓRTICE

O vórtice Da morte na vida. Igual, pleno do visível Mistério destes dias risíveis. Estar falho. Pisar no ínfimo. Homem de lata. Escrever : mistério Não tão misterioso. No branco coração das águas, Perceber o fogo do Deus-Bóson. Que o logos vibre.

NÃO SEI QUANTOS E NEM SEI

não sei se um poema vaga quando acordo no que sou não sei nem se aquele lago em letras sabe onde estou não sei quantos versos choram querendo bem espelhar-me não sei nem se os adoro nesta febre gerá-los não sei se os poemas quebram se meu destino endurecem se enxergam desespero se com dores me amolecem sei que mil poemas dormem ao fundo do ser de ocasos, mas se acordarão conforme este ser....não vem ao caso

ORA SOU QUAL QUEM

Às vezes, sou este que alguém nota E aceita a letra e a bota aquém. E quando leio não me sinto sem. Dou-me naus e o mar que as pilota. Em outras, sou quem ninguém vê, Rosto confuso de apagável linha. Com ocos, vácuos, a tecer O texto que o caos principia.

OUTONO QUE MONTA E MUDA

A ruga que se acumula Na face que o espelho humilha, Grandes lábios que se fecham Ao sangue bom da virilha. O justo que se intitula Na injusta lei que espezinha, A lasca que nos desunha No avanço da calmaria. O susto que se acasula No acaso que cose a zica, O achaque que enclausura E mal dissimula a vinha Que o outono monta e assina Na inevitável sina.