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Mostrando postagens de janeiro 16, 2016

O POEMA JÁ NÃO SABE

O poema já não sabe  se quer ser olhado, apenas vai abrigando  palavras n a mesma  alturinha em procissão, e não sabe do objetivo  que há nelas pois vai colhendo  a esmo  as folhas secas pelo chão, não porque ame as secas  mais que outras que povoam o baixo das árvores, nem porque fira os pés dos versos no espinho da vida e da morte, só vai colhendo as folhas pelo chão e formando  estranhas sintaxes para o escuro das gavetas