a nudez do tempo é ter o gume de toda pele a nudez da chuva é ter a faca do coração disponível para o solo que fecunda o balanço dos postes os pássaros encasacados os uivos das telas as mentes começando pra cortar os seios de vidro das falsas convicções os corpos se arrastando as luzes aquentando excitando reanimando muitos querem no fundo o salário que compense a existência o prazer uma vez por dia por mais um pedaço de luar uma nesga de sol sossego ou barulho música calma ou não romance de papel de filme como um teste certo de errar o tempo arcaico meu sentido é ser o erro e a praça de adubos para avançar tecer amor com o que escreva a bancar o ser errático quero que este incerto reto ereto reste mostre o nem sempre exato e me curve Poesia, ao teu púbis