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Mostrando postagens de setembro 9, 2013

FLAUTISTA DE PRESAS RECOLHIDAS

Por ter dado a hora, Desceu da montanha, e, Fechadas as presas, perfurou a cidade. Deslizou sobre as ruas, Seguindo os cães, soprou a flauta, pois era tempo de recomeçar. Recolheu seu diálogo de águia, E flauteou pouco pois tinha pulmões diminutos. Era o seu objetivo trilhar esse inferno urbano, A buscar ratos que valessem a pena. Os homens não tinham salvação. Mas os ratos tinham. Nas ondas espelhadas das poças Flauteava sualma em oculto. E os ratos (Os que não viraram homens) O seguiam, mal soprava.

TORNO-ME INFAME

- É triste, poeta, O teu semblante. Parece até Que és Gogh ou Dante... - Deusa suicida A sussurrar Fez sedução Pra te levar? - Minha palavra Em riso e dor Trazer-te-ia Um deus melhor. - Tão só, oblíquo, Sem anjo e deuses, Tu só terás Caixão no Elêusis. "Se minha alma em risco Causa luto e enxame, Vôo no ignoto, Mais só fico e infame!"

EROS/TÔNICO

Precipito-me no abismo De tu'alma-continente, Abundante e cor de barro, Cidade e noite-nação,  Amulatada a penumbra, Beleza de céu e chão, Tal brasileiro mistério, Argila dorsal e in/dócil De placas eros/paixão, E ainda em mim vou driblando O medo de entontecer De vez em tua ciranda, Mitologia de ser Espanto em teu acalanto, Escuro do esclarecer, Toda cor a teus recantos, Nas bandas do em/ti/tecer.

RIMA SACANA

Sou brasileiro: safada rima de Cancão com Macunaíma.