Na cidade que é você Escalo prédios concretos, Crânios oferto pras deusas Nos altares sem porquês Na cidade que é você Corroem a cal molduras, De espanto tecem figuras Oxidadas de ver De mistérios fazem torres Por sobre as bocas de lobo, Na cidade que é você Curvas alagam qual rios Sobem altos casarios, Esquinas dobram metais Que aos meus dons imantizam Na cidade que é você Embalam tremores morros, Pontes descambam de vez, Engenheiros suicidam Por balançarem você Pra cidade que é você, Sei, meus sonhos são pequenos, E o tempo é curto, cobrindo A ilusão de a tecer
BLOG PAIXÃO PASÁRGADA, ONDE UM DISCÍPULO DE HOMERO E TÉSPIS OFICIA