Quando o amado-ameba, Medrado em ferro gusa, Amarrou-te na sua pedra, E percorreu-te as vias obtusas Do fígado da alma. Era a posse, era o desejo, embora Entre esses dois gêmeos haja A distância de um beijo. Esse amado de ferro Deixou-te de quatro E vibraste, pequena e verde, Ao sentir os pelos do seu ventre. Acostumaste à marra. Pelo menos era omi Como o teu primeiro pai... Entre o omi e o hommmmm Únculo há diferença? Deixou-te de quatro E juncou-te o medo No espírito redondo. Quando terás um HOMEM? Um que queira uma MULHER? Joaninha és ou grilinho? Tua estatura é um engano. Mereces esse homem com pegada, Mereces a culpa que carregas, Mereces esse teto em que te pregas, O sapato que te esmaga, As formigas que te transportam? Não te queria o amor, Queria ter-te nas unhas, E, simpaticamente, Tomou-te os órgãos. Lambeu-te o seco quadril, Cavando, vil, o (in)suficiente No corpo de tua alma Para a plantação dos dentes. Assim os dedos do homúnculo...