PAIXÃO PASÁRGADA

Os fatos são trágicos: Criança solta do alto Ao redil dos bípedes A bela retalhada no açougue Pelos adoradores do ar Exposta a criança no jornal renegado E eu bêbado de violência antiga Entornada com sangue Mentindo no Notícias Populares do tempo

Man-mancando,  vou qui-quicando "ni mim", lagoa onde na-nadam so-sonhos, tambo-borilando  de-de bo-bo-a, dis-disforme sobre céus de fo-fome à toa.

Olhos perseguem de dentro palavras que horas acorrentam flora a flora  em jardins que invento (in)feliz onde também há fome de abraço

Meu senso se encontra De perder-se assim Só Do contra Em relação Aos fatos que despejam Pó de sarjeta  Com poejo e sangue E se os ponho Para os rins Do poema Escrevo sem remédio

Que são  as tensões  que se acumulam no seu tempo  imprevisível? Os anos  esturricam  sua pele. Os anos  com febre. E teima o poeta o poema imberbe.

O vento ensinando encruzilhadas ao fervor folhas golpeadas por sons de floresta braços acenando contra correntes de ar ao longe o trem se apequenando para maior ficar aos que o esperam lá longe