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Mostrando postagens de dezembro 31, 2013

COMO SE NÃO

Ele vivia como se não sofresse. Chutava os montes de cinzas quentes. Como se nunca tivesse atravessado O Vulcão da Mágoa. Mordidas em seu coração  Não eram só cócegas. Aquele fluxo anímico  Que viste jorrando em seus pulsos,  Por exemplo, foi por ter amado a culpa Que já está de poucos meses.

LAVEI O ROSTO

Fiquei sempre à beira Do amor respirando. Como óleo na água da Estireno. Tentei ser indelével E de olhar o nunca estar Sair ileso, Qual lousa sem traço, e Aprendi, pois sempre agira Com determinação, Criando mentiras Desde a verdade, Aprendi que o rio Só respira porque o digo, Qual o verso.

FELIZ ANO

Feliz ano novo, medo. Feliz ano novo, cedo Meu verso seco e novo, Fácil não me comovo.

TRAVESSIA ATRAVESS(EU)

Estou indo pra algum lugar. Perceba. Isso é um fato. Estamos indo pra algum lugar. E tudo passa, mas não deve passar. Pego meu cavalo, madeira-armadura, E gravo algumas canções desarmadas. Desde que veio a noite e seus confins. Desde que tudo ficou baço, enfim. Desde que matei o delfim a braço. Os pelos da alma caem, como da cuca. Estou batendo esta rua. Não molda o que quero. Não saem caminhos precisos. O martelo é duro. Enfim, atravessar .