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Mostrando postagens de abril 22, 2014

TODANJO CÃODENTRO TEM

Um cão é mais útil que um anjo? Dei contas a um que me impuseram. Deslizei no canto fácil do verso. Caí aqui. Contratei um cão. De longe. Claro que ele quer minha alma. Mas não a dou.  Lhe manjo. A daria a Goethe que o criou. Velho mar(m)anjo cãotante, Todanjo  Cãodentro tem? Goethe era Fausto  Quando Werther? Não, era um cão sábio O homem. Criou canis de verbo infernais. Um cão é tão útil quanto outro cão? Um anjo de vez em quando late. O menino de onze anos Só queria amor.

GEOLOGIA CARNÍVORA

Aquela rocha desde sempre Fascinada pelo filho Do vento e da chuva Um dia lhe falou, Enquanto ele a desgastava: - Dos teus olhos/intempéries Em minha geologia de carne Cresceu alma de musgos. Da tua libido/belezura Em meu degredo Cresceram Escorregadias estrelas s em mar. Se a lâmina de teu ser Me tremeu o precipício Em terre(amor)oto, A erosão que me fazes É causada pelo quê?

SOB T.M.

Éramos assim. Não tão. Um talento para inimigos. Um talento incomum. A Poesia Quando aparecia Era nossa faca E nos sangrávamos, Uivando, Sob o tesão das musas.

POESIA COM COLESTEROL

Confesso que não cheguei  A dizer tudo, Quando disse  Um pouco do que me veio.... Confesso que cansei... Mas, vejam, sou das selvas verbais. Não caía bem o nada linguístico. E quando falo pouco, o verbo é longo. A vítima tava ali à mesa. Ostentava um lindo ventre/mar. Nunca vi coisa mais linda.  Minha quilha acelerei.  Afundei. No ventr'amar de Melpômene. E gerou-se a Poesia Com Colesterol.