Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de fevereiro 26, 2014

SEM MISTÉRIO MINTO

Meu poema não é um mistério. A não ser pra mim que o rezo. Não tem poucas linhas. Nem muitas. Minto. Não segue Cabral Nem mesmo faz Estranhas descobertas. Minto.  Descubro-me sempre. Vem como vem. Vai como vai. Em verso antigo. Às vezes dentro do espaço. Metafísicas tenta Mas se arrebenta Porque a vida é uma piscina Cheia quando a gente pula, Seca quando a gente chega Ao fundo.

ALONGAMENTO DE DENTRO

Bate como nunca a porta de seu coração. O álbum está à frente.    As cidades tremem no sentir. As cores dos carros piscam dentro das avenidas de si. As esquinas formam um coro e becos fazem serenatas para os subterrâneos da alma. Os postes se esticam alongando as colunas  do não-pensar. Os sovacos dos túneis  dentro dão poesia. Os sinais dançam o amor antigo e ele tem coragem de abrir o álbum  de fotografias.

MANTENHA A ESPINHA

Sempre tem alguém mais baixo que tu e sempre acima há um brucutu portanto se chorares não esqueça da gargalhada do cara ao norte ao ver um filme sobre o que não é o Brasil feito pelo Robin Willians montado pelo Stallone cagando na panela e comendo a bosta da vaca inglesa, para que mantenha a espinha poética e o coração tranquilo ao ritmo da fonética

HOMEM-FICÇÃO

Queria poder falar, Mas o escrever calou A garganta  Que fechou. Na garganta agora dormem Palavras noturnas E que brincam de constelar Noites por dentro. Aumento os passos Dos olhos Para a razão e caio Num cu irresoluto De pensar fedido Que o mundo é bomba-relógio Ainda E os homens Só têm a importância Que se dão  Em ficção. O autor nem os liga.

A QUE OS LEITORES EMBARQUEM BEBADOS

Na carcaça bêbada Da presunção, Discutem, perfeitos, A desentender Baud- Rim, Que sempre foi Contra os recifes literários E religiosos Rim, se os visse, Viraria um nefelim, Sob nefando impulso, Esburacando o céu De suas mesas Como um bom capeta que n'especialistas vomita e lhes caga, acocorado, oceanos fumegantes, queimando o pensar catalogado em nome do ab(sinto)-emoção, de leitores dispostos à bebida que cura